O arquiteto e artista Tom Capobianco compartilhou conosco uma série de obras recentes que tensionam a relação entre a bidimensionalidade do quadro e o espaço arquitetônico através ambientações encapsuladas em molduras de madeira.
Feitas a partir de duas ou mais camadas de papel cortado à laser, afixadas dentro de uma moldura de madeira, as obras de Capobianco exploram o vocabulário arquitetônico através de uma relação cinestésica entre obra e observador. Portas, escadas, janelas, ou ainda paredes e superfícies retorcidas conformam espaços arquitetônicos dentro da moldura que, de algum modo, se expandem na medida em que nos movemos ao redor deles.
A questão da tridimensionalidade e um pouco ambígua. Inicio o processo produzindo modelos digitais em 3D com o software Rhinoceros, a partir daí crio images 2D que são, então, cortadas a laser e organizadas em camadas dentro de uma única moldura. Quando comecei a trabalhar como estagiário, passava muito tempo fazendo maquetes e percebi que fazer as maquetes me dava muito mais prazer e liberdade para experimentar do que quando trabalhava apenas em desenho digital. Percebi que trabalhar com as mãos diretamente na matéria era o caminho que no qual minha criatividade fluía melhor. A partir de então, venho focando meu trabalho cada vez mais em técnicas de fabricação. - Tom Capobianco
Em função da natureza espacial e cinestésica de suas obras, a melhor maneira de representá-las ao mundo (para aqueles que não podem ter a experiência física diante dos quadros) não é a fotografia, mas o vídeo. Veja, a seguir, alguns registros das obras de Capobianco em movimento.
Conheça mais da obra de Tom Capobianco acessando o Instagram do artista.